Foi ele quem me ensinou a sentir saudades.. a contar o tempo e percebê-lo tão longo, quase eterno todas as vezes em que esteve ausente.
Foi ele quem me socorreu, toda chorosa depois de ter ouvido pela primeira vez sobre morrer, me acalmando: "Morte não existe...fica tranquila". E eu fiquei; naquele momento eu não precisaria saber.
Ele sonhou comigo todos os meus sonhos de menina... acreditou em todos, até nos mais improváveis de acontecer (risos). Me deixava orgulhosa quando devolvia o troco a mais, ou levantava para uma velhinha sentar... e eu só desejava ser igual a ele.
E frente ao meu medo no meu primeiro dia de escola - não mais os 'velhos' amiguinhos e 'tias' do jardim de infância - jamais esquecerei:
"Tá com medo, filha?...Precisa ter medo, não. Não é linda a mochila que papai comprou pra ti?.. Vê só como usa... Ó!, mas está linda.. todo mundo vai gostar de ti.. eu acredito em você." E ele brincava imitando meu jeito de andar, desfilando com aquela mochilinha pequena, xadrezinho rosa, nas costas.. lembro disso com perfeição.. eu caí na risada.
Eu nunca sentia medo perto dele.
E aquilo que ele sempre dizia e diz até hoje: "Eu acredito em você demais!"
Me afastava de toda dúvida... porque, afinal, quem no mundo sabia mais que Meu Pai?
Minha infância tranquila.. inocente.. rica de fantasias e imaginação.. foi graças a ele, que pintou de várias cores o mundo pra mim. Ele é meu anjo bom, é meu herói.. meu príncipe.. é meu Pai.
Te amo!
Viviane de Sá
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