Retalhinhos antigos... (parte 2)

Sem Escolhas

 

Não te quis

Não desejei ver meus passos em teu caminho e ter meus olhos aprisionados em teu olhar..de Anjo.

Foi sem querer que sucumbi ao teu sorriso; e permiti que discretamente traduziste a minha alma.

Se consenti.. se não recuei

Foi porque a esperança antepôs-se ao medo.

E o princípio de um desejo inocente fez-se brotar em minha face.

Eu, pedaço de mim, 

ingênuo pedaço que acreditava poder ser somado a ti.

E a cada som que tua voz produzia.. 

...sentia um arrepio ruborizar minhas expressões.

Domaste meus lábios com os teus, enfurecidos.

A vida pulsava, vibrava.. 

movida pelo prazer singular de teu toque.

E sem querer

abandonei-me inocente em teus braços.

Mas, como os anjos que não têm memória, esqueceste-me entre as curvas de teu caminho...solo.

E novamente sem querer.

Vejo meus planos sucumbirem, prematuros.

E os vestígios daquela história hoje alimentam minha esperança..frágil.

Perdoa-me por erguer os olhos sempre em tua direção...

mas não consigo vencer o desafio que se resume em te querer.

 

 

 Vi

P.S.- Provavelmente fora inspirado numa desilusão, mas hoje felizmente só me inspira saudades!